A tríade tecnológica do futuro dos veículos é composta por propulsão elétrica, conectividade e direção autônoma. A última, nos níveis mais avançados, ainda distante da realidade prática cotidiana das ruas.
Embora ainda distante, direção autônoma na forma mais plena é desejada sobretudo por empresas de transportes por aplicativo. Afinal, retirar o elemento humano da equação operacional significa reduzir custos e uma série de outras fricções.
Combine este anseio das empresas de transporte por aplicativo ao decrescente interesse das gerações mais novas em possuir um carro, e surge um mercado em transformação. Que precisará ser atendido. E onde as duas pontas Zeekr e Waymo unem-se.
A missão das empresas de tecnologia em desenvolver sistemas de direção autônoma independentemente de montadoras mostrou-se (muito) complexa do que o previsto. E algumas das mais interessadas, como Uber, abriram mão da empreitada.
Assim a cooperação entre Zeekr e Waymo pode sinalizar uma futura dinâmica de parcerias: startups de veículos elétricos e de direção autônoma colaborando no desenvolvimento de veículos autodirigidos.
Tecnicamente, a direção autônoma é mais integrável aos veículos puramente elétricos. Há menos componentes mecânicos complexos para lidar, como câmbio, por exemplo. E nos carros elétricos, software desempenha central.
A colaboração entre Zeekr e Waymo é embrionária, sem cronograma ou marcos divulgados. Até agora o que se viu foram projeções de um monovolume destinado ao transporte por aplicativo, cujo interior está livre de comandos para o motorista.
Apesar da imagem chamativa provocada pela ausência de volante e afins, Zeekr informou que o modelo desenvolvido combinando arquitetura proprietária e aberta contará, sim, com comandos para o motorista. E que as projeções ilustram a flexibilidade da configurações do espaço interno do futuro modelo.